Arquivo de junho, 2010

A cada 24 horas, durante a Copa do Mundo, a imagem que mais se vê é essa:

Ô povinho pra gostar de bancar o técnico em 140 caracteres…

Novidades

Publicado: 12/06/2010 em BRAINSTORM
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Fim de semana tranquilo em fim de semestre conturbado = posts novos no Dark Adverside.

Vai lá.

Tá aí um mashup que eu gostaria de ler (e ter):

Pena que é só faz parte do Great Comics That Never Happened, do Comics Alliance.

Quando a gente acha que já viu tudo, um tweet aparece na tela e prova o contrário.

A Dark Horse (para quem não conhece, clique aqui) postou em seu Twitter o link para uma matéria sobre uma coletânea de releituras do capacete de Darth Vader. Ele mesmo! O vilão personagem mais casca grossa de todos os tempos:

Um grupo de 100 dos mais badalados artistas plásticos americanos reeditou, cada um à sua maneira, o indefectível ícone de maldade perigo para a Rebelião e seus jedis. Os capacetes customizados ficarão expostos de 12 a 20 de junho numa galeria em Los Angeles, Califórnia.

Como fica meio em cima para ir até lá, quem quiser pode comprar o catálogo:

Gostou? Vai lá ou compre o catálogo.

Fontes: Comic Attack e The Vader Project

Ontem na PUC me deparei com algo realmente assustador: cartazes espalhados anunciando o ERECOM.

Calma! Apesar do nome infeliz, na verdade uma sigla, não tem nada a ver com remédio para impotência ou filme pornô-épico. Erecom (não consigo me conformar com esse nome/sigla) é o Encontro Regional de Estudantes de Comunicação Social.

A princípio, parece ser algo válido. Talvez eu tive essa impressão pelo fato de o Juca (Jogos Universitários de Comunicação e Artes) ter ocorrido na semana passada. O Juca é um evento bem legal (bons tempos…) em que os estudantes da maioria das faculdades de  Comunicação se reúnem e confraternizam-se em jogos e competições.

Agora, esse Erecom (já estou com medo da palavra) é uma desfeita ao bom senso, a começar pelo nome. A maioria da galera que vai lá é daqueles saudosistas dos anos 1960/70, que ainda acha que o poder deve ser tomado na marra pelo povo, que defende a estatização da empresa do pai e que acha bonito dividir a fazenda alheia entre famílias de sem-terra, mas quando vai embora da faculdade, fecha os vidros do carro, conecta seu iPod pelo bluetooth no sistema de som e sai acelerando, escutando Chiclete com Banana no talo, lembrando das frases cheias de verve (e rimas) nos debates acalorados.

Falo isso pois já fui estudante e fui a esses encontros (sempre atrás de alguma ‘mina’ que, quando descobria como era curto o meu repertório frases marxistas, não queria mais me dar) que são a mesma coisa desde então. Claro, com a exceção do iPod e do bluetooth. Mas eram sempre a mesma coisa:

– O ensino está decadente! (ninguém largava a faculdade);

– O governo é corrupto! (ninguém estudara história pelo jeito);

– Acabem com o embargo a Cuba! (realmente, bastante pertinente);

– Legalizem a maconha! (nem falo nada…).

E por aí vai. Atualmente é a mesma coisa. Outro dia ouvi uma conversinha entre alunos que falava sobre o fato de as elites sempre estarem no poder e que isso nunca iria mudar. Uai!? Mas não é o Lula que tá lá agora? Não é ele que prega a eterna luta de classes (que ainda, insisto, para mim é uma briga entre o 8º B e o 8º A) e que desce o cacete na ‘zelite’?

Enfim, não entendo. Bom, até entendo, mas o universo blogueiro é bastante severo com quem não veste camiseta do Che ou lê Veja (nem que seja para acompanhar a Copa…).

O phoda é que a rapaziada vai lá, grita versinhos, punheta alguns conceitos e não se resolve nada de útil. Não se chega a conclusão nenhuma.

O ensino está decadente? Pode até ser. Algumas instituições ainda se orgulham de poderem manter a qualidade que vem praticando a décadas. Outras porém, criam sistemas em que fica mais ‘fácil de entrar e mais ainda de sair’ com o canudo na mão, às vezes até com o sacrifício da qualidade, frente a uma mensalidade que ‘cabe no seu bolso’.

Mas, o que se esquece é de fazer uma análise ‘à lupa’ (como dizem meus patrícios). No papel de advogado do diabo, sou obrigado a registrar que as instituições que implementam tais sistemas facilitadores se beneficiam de mecanismos estabelecidos pelo Governo e seu Ministério da Educação e que há um nivelamento por baixo no ensino em alguns lugares pois há uma massa cada vez maior de alunos mal preparados no ensino fundamental ingressando no ensino superior.

Assim, ou a instituição de ensino superior dá um jeito de ajudar aquele aluno fraco a entender, ou ela fecha, o que causaria um outro tipo de dor de cabeça ao aluno fraco. É uma tendência antiga de o aluno sentir dificuldade em determinada escola pedir transferência para outra que ele tem certeza que facilitará a vida dele. Assim, algumas escolas não tão tradicionais acabam baixando o nível e a mensalidade, o que atrairá cada vez mais alunos carentes que, infelizmente, tiveram minado o seu sonho de ingressar numa universidade pública por terem tido um ensino fundamental sofrível em qualidade.

Então, conclui-se que o assunto qualidade no ensino é bem mais complexo que simplesmente culpar as instituições de ensino ou os professores.

Mas, recomendo assim mesmo que o estudante de Comunicação vá ao evento. Mas sem essa contaminação ultrapassada de que a culpa é dos donos dos meios de produção, dos latifundiários, dos EUA ou de Israel.

Numa discussão sem recalques ideológicos, com certeza, o Erecom produzirá conclusões e resultados.

Ou pelo menos, piadinhas infames: “Erecom. Levanta sua audiência.”

É incrível a minha capacidade em detectar essas coisas bizarras. Principalmente depois da reportagem da Vejinha desta semana. Se eu fosse um cara mais disciplinado (ou indisciplinado) eu postaria todas elas no Kick.

Anteontem, fiquei parado no trânsito atrás de um carro que tinha o seguinte adesivo: http://www.taroquantico.com.br – “Utilizando-se os arcanos milenares agregados ao estudo da física quântica e sua utilização na criação da realidade, (…)”.

Ontem, estava eu fazendo minha leitura regular do Twitter, e me deparei com o post do Rotten Tomatoe sobre os cinco filmes preferidos de George Romero. Cliquei lá e fui conferir. Li a pequena introdução (algo me incomodava), assisti ao vídeo (algo ainda me incomodava) e, quando o vídeo terminou, resolvi procurar o que estava me incomodando.

Subi um pouquinho mais a página e – tchã-rãn -achei: um banner sem vergonha que promete descobrir quem eu fui nas minhas vidas passadas:

Como sofro de curiosidade mórbida aguda crônica, cliquei no link para ver qual era. Não foi surpresa nenhuma cair num site tão sem vergonha quanto o banner. Para saber se eu fui Albert Einstein ou um escriba da corte de Tutan Kamon eu teria que fornecer alguns dados meus, como nome, data de nascimento, operadora de celular… Sim, isso mesmo. Por uma módica quantia, eu receberia três mensagens esotéricas diárias em meu celular e, de lambuja, saberia quem fui eu no passado. Claro que eu tentei preencher os dados sem aceitar os termos, sem conseguir avançar. Justo. O site não é meu e o dono conta ou não conta de acordo com as suas regras. Então, resolvi sair. Não foi nenhuma surpresa quando resolveram insistir pela última vez.

Sei lá… lendo novamente o texto do banner fiquei matutando a pergunta: “Você já pensou sobre quem foi na sua vida passada?”

Devo ter sido uma pessoa muito má para ser pára-raios desse tipo de porcaria…

Essa é só para os que têm o olho bom para essas coisas:

Saiba mais em Photoshop Disasters.

Fonte: Very Demotivational

Vou abrir mais uma exceção e vou utilizar pontos de espantação no título.

Chegou o novo iPhone 4!!! (mais espantações)

Mais informações? Veja o vídeo abaixo:

Ou, clique aqui.

Caráleo! Eu preciso ter um troço desse urgente!!! (e dá-lhe espantações)

Sigam-me os bons

Publicado: 07/06/2010 em BRAINSTORM, EDUCACIONAL

O título acima, frase recorrente do Chapolin Colorado, é perfeito para algum post sobre Twitter. Por sinal, um assunto cada vez mais frequente neste blog. Mas ele introduz um assunto que ultimamente tem me preocupado. Bom… na verdade me preocupa desde que comecei a trabalhar.

O assunto agora é liderança.

Hoje, na minha passeadinha pelos blogs de leitura diária (hábito há muito deixado de lado, retomado a duras penas), me deparei com um post no Blog do Crespo que me fez matutar algumas coisas. Ele resenhou brevemente sobre uma matéria do Meio e mensagem a respeito de liderança nas agências. Seguiu o post transcrevendo as qualidades esperadas de um líder numa agência de publicidade. Eu li e gostei. Acho importante o nosso segmento pensar dessa maneira. Mas, como disse anteriormente, inevitavelmente caí em reflexão.

Tais características citadas na matéria do M&M são importantes a líderes não só das agências, mas a qualquer um que seja candidato a alguma chefia. E foi isso que me deixou meditabundo.

Atire a primeira pedra aquele que nunca teve um(a) idiota como chefe. Pois é. Fiz uma retrospectiva e percebi que, durante minha trajetória profissional, tive poucos chefes que, além de bons chefes, eram líderes. Para quem não sabe, há uma diferença básica entre chefe e líder: chefe é aquele que detém o poder pelo cargo ou função hierárquica; o líder não necessariamente é o chefe, mas, por exemplo, alguém em que os demais componentes da equipe depositam sua confiança, a ponto de segui-lo e obedecê-lo por inspiração.

Claro, supõe-se que todo chefe deva ser um líder. Mas, infelizmente, não é isso o que ocorre na maioria das situações ultimamente.

Da minha vivência, posso dizer que tive chefes que poderiam até serem muito bons na função técnica para a qual foram contratados, mas como gestores e líderes eram uns merdas. Falar isso, a propósito, é muito fácil mas, pensem um pouco a respeito: será que não é isso que está fazendo com que cada vez seja mais difícil termos líderes nas cadeiras dos chefes?

Alguns cargos exigem algum conhecimento técnico que, muitas vezes, não vieram com o pacote de inteligência corporativa completo. Daí, vemos chefes que misturam a vida pessoal e seus problemas com a gestão do departamento, chefes que atiram coisas pesadas nas cabeças de seus funcionários (é verídico, mas vou omitir o nome da pessoa que me falou para não comprometê-la), explicam mal e porcamente uma tarefa e depois não sabe lidar com a frustração etc.

Esse assunto é exaustivamente explorado, desde os primórdios, por publicações como Você SA, Exame, Época Negócios, entre outras. E quando digo primórdios, digo há anos e anos. E não é que ainda hoje é tema de capa desse tipo de periódico? Olha só o email da Abril que eu recebi hoje:

Tudo bem, você vai me dizer, “Porra, Lelo! Mas isso é uma publicação do segmento de RH. Claro que vão falar de liderança!”

Ok, ok. Mas, mais uma vez, pensem comigo: se isso ainda é matéria de capa, quer dizer que os antigos líderes, que supostamente deveriam ser sensíveis a esse tipo de matéria, não eram bons líderes a ponto de treinarem seus sucessores (de acordo com o que tava lá no post do Filipe). Além disso, se ainda se publica esse tipo de matéria é porque a quantidade de líderes “líderes mesmo” no mercado está cada vez menor, diferente do número de idiotas na alta gestão, num crescimento inversamente proporcional.

Acho que deve ser o mesmo problema da barriga nos homens. É só reparar em quantas capas da Men’s Health desde que começou a ser publicada aqui no Brasil. “Barriguinha tanquinho”, “perca a barriga”, “dê adeus aos pneus”etc., são chamadas recorrentes. O que me leva a crer que, por mais que tentemos, o chopp com petiscos no happy hour não deixam a gente enxergar so gominhos das abdominais.

É. Acho que a imbecilidade de alguns chefes é como o “chopp com petiscos”: nunca deixam a gente ver o quanto poderiam ser bons líderes.

Essa é do Twitter:

“DRUNK HULK VERY REGRET CONFUSE TATTOO ARTIST WITH ACUPUNCTURIST!”

ou

“ALL PEOPLES AFFECT BY ECONOMY! EVEN CELEBRITY! AS 50 CENT BECOME QUARTER!”

Saiba mais em Drunk Hulk.

Ontem saiu na newsletter do AdAge o ranking das marcas mais tuitadas da semana: o What the Trend (WtT).

Acho que esse ainda é um conceito pouco explorado aqui no Brasil, mas lá fora é amplamente utilizado. Uma marca tuitada, ou seja, é uma marca que é citada, lembrada, tagueada etc pelos tuiteiros. E isso, queiram ou não, aponta a importância dela nessa importante galáxia do universo das redes sociais.

Em resumo, funciona da seguinte maneira: o WtT acompanha a publicação de tópicos pela lista do Twitter Trend Topics (TTT – aquela barra horizontal, logo em cima, na página inicial do Twitter, que mostra em tempo real os termos mais tuitados) e, a cada semana, classifica as marcas (detalhando profissionais de marketing, produtos e celebridade / marcas de entretenimento) de acordo com o maior poder de permanência acumulada.

O conceito “marcas” é definido de maneira ampla para incluir as mais importantes empresas (por exemplo, a Apple) e produtos de marca (por exemplo, iPad), bem como celebridades e marcas de entretenimento (por exemplo, Lady GaGa, American Idol). Os pontos são concedidos tanto para a duração quanto para a classificação no top 10 do TTT. Quanto maior o tempo, e quanto melhor a classificação geral, mais pontos são atribuídos. As medições são tomadas em incrementos de cinco minutos. (fonte: FAQ do WtT)

Destaque para algumas curiosidades como o fato de Lady Gaga e Justin Bieber (ele que até então eu nunca tinha ouvido falar…) dispararem no ranking graças aos fãs brasileiros. No caso de Lady Gaga, o Rodrigo Faro é um dos maiores responsáveis…

Outra curiosidade (essa um tanto inusitada) é o fato de uma boyband coreana, a Super Junior, liderar o ranking. Mais uma prova que o mundo não é só EUA, Israel X Palestina e Copa do Mundo.

Mais informações, clique aqui.

Bilhetinhos

Publicado: 05/06/2010 em BRAINSTORM
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Muito legal esse site de bilhetes, cartas e afins encontrados por aí.

O Found Magazine traz uma coletânea de papéis encontrados por aí: pelas calçadas, halls de prédios, no chão da sala de espera de um psicanalista etc. Eles têm sua própria história, mas por não sabermos, abre-se a possibilidade de criarmos nossas próprias versões.

Alguns são até auto-explicáveis:

Vai lá, clicando aqui.

Essa eu recebi por email de um dos grupos de discussão que participo:

Eu sempre fui fanático por cutelaria, principalmente por facas com design diferenciado.

Saiba mais aqui.

Uma coisa é recorrente quando oriento Projetos Experimentais: os alunos nem terminaram o briefing e já estão pensando nas peças, no slogan e tudo mais.

Por mais que eu tente explicar, nenhum deles consegue entender (ou aceitar) que não dá para colocar o carro na frente dos bois e criar uma campanha sem ao menos fazer uma pesquisinha quanti.

Mas, ontem, ao ler a newsletter do Mundo Marketing tive uma agradável surpresa: uma matéria que fala justamente sobre isso. Uma boa ideia vem sempre depois de uma boa estratégia. Tão adequada que um dos exemplos utilizados é da 51 (“uma boa ideia”).

Recomendo muito, principalmente aos meus alunos.

Clique aqui para ler a matéria e entenda de uma vez por todas o porquê de se colocar o carro atrás dos bois.

Que Juicer Walita, que nada! As frases acima abrem os vídeos com um dos aparelhos mais legais que já vi.

Há umas duas semanas assisti a uma palestra de um mídia (Nããão… não vou falar o nome nem a agência) muito da sem vergonha e sem graça. Mas, como de tudo se tira pelo menos 1g de coisa boa, ele falou de um case que, pessoalmente, achei fantástico.

Uma empresa de liquidificadores, a Blendtec queria fazer comunicação, mas tinha uma merreca para investir. Contratou uma agência de publicidade que tinha tanta criatividade quanto coragem.

A grande sacada veio do teste de qualidade: toras de madeira são colocadas no copo do liquidificador. Se liquidificarem, o aparelho vai para a loja.

E por que não qualquer outra coisa, como um iPhone? Sim! O gadget mais desejado do planeta reduzido a pó quase microscópico. O primeiro filme deu origem a famigerada série Will it Blend?, protagonizada por ninguém menos que o presidente da empresa: um senhor de meia idade com uma cara de maluco, daqueles que você jamais colocaria na cadeira do maior cargo de uma empresa. Deu muito certo.

Abaixo, a última do Tom:

Com certeza, o pessoal do Update or Die já deve ter postado há anos. Mas, como não é todo mundo que lê o UoD…

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Em tempo: a segunda palestra da noite (e a palestrante) foi, de longe, a melhor.

Dois paradigmas assombram os setores publicitário e acadêmico da minha mente:

1. Já faz um bom tempo que se alardeia a importância comercial do segmento homossexual. Mas, até então, seu potencial nunca foi bem explorado;

2. O McDonald’s, que sempre foi uma empresa que investiu em comunicação de massa, vez ou outra fala com um público específico, mas sempre amarrado ao quinteto homem-mulher-adulto-adolescente-criança.

Hoje, ao conferir meu Twitter, num tweet do Neil Gaiman vi que os dois estão sendo esmigalhados. O McDonald’s da França veiculou um comercial voltado ao público homossexual. De muito bom gosto e de uma sutileza única:

Saíram do comum sem precisar recorrer ao humor escrachado ou preconceituoso.

Mandaram bem!