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Escrito por Eric L. Haney, Força Delta conta como foi criada a unidade (nem tanto) secreta de contraterrorismo do Exército americano. Haney, um sargento dos Rangers, foi um dos fundadores da força de elite, depois de algum tempo em outras unidades também de elite.

A Força Delta, ou 1º Destacamento Operacional das Forças Especiais D, foi criada pela necessidade de os EUA lidarem de maneira mais cirúrgica com um mal que deixava os americanos cada vez mais preocupados pelo seu crescimento acelerado: o terrorismo. Assim, em 21 de novembro de 1977 a Força Delta fixa endereço em Fort Bragg, Carolina do Norte, e passa a dar treinamento especializado a militares selecionados a dedo dentro das fileiras do Exército.

Uma das coisas mais interessantes do livro é saber que, diferente do que é mostrado no cinema, a Força não tem em seus quadros aquelas figuras com corte de cabelo escovinha, queixo quadrado, cara de mau e físico de míster universo. São militares que devem ter todas as características que não os denuncie como militares. É um paradoxo, pois o treinamento é árduo e exaustivo. E por que isso? Como as missões são secretas, na maioria delas os militares seguem incógnitos nos locais, geralmente no Oriente Médio. E como ela foi criada bem no auge da Guerra Fria, algumas das missões também rolavam no Leste Europeu, já que corriam boatos sobre a relação promíscua entre a URSS e os terroristas árabes-palestinos (assunto amplamente explorado em A Hora da Vingança, resenhado anteriormente).

Aliás, as primeiras missões são a tônica do livro, juntamente com o treinamento inusitado.

Informação adicional: o livro deu origem à série The Unit, que passava no canal Fox aqui no Brasil. Sim, a 3ªtemporada já rolou e a emissora nem quis saber.

Para quem gosta do assunto, um livro imperdível. Para quem não curte, uma leitura diferente, pelo menos para ampliar os horizontes.

As Olimpíadas de Munique, em 1972, eram para ser conhecidas como as Olimpíadas da Paz.

Mas, em uma noite na vila olímpica, terroristas do Setembro Negro invadem os dormitórios dos atletas israelenses e os sequestram. O desfecho foi um dos episódios mais marcantes e tenebrosos do terrorismo moderno, que inclusive, segundo especialistas, colocou a causa palestina sob os holofotes.

Mas pouco se falou, durante um bom tempo, sobre a retaliação promovida por Israel às mortes de seus atletas naquele episódio fatídico. E é disso que fala a minha segunda dica no Letreria: A Hora da Vingança, de George Jonas. Esse livro inspirou Steven Spielberg ao filmar Munique e, antes dele, uma produção para a TV chamada Sword of Gideon.

Tanto o filme de Spielberg quanto o livro de George Jonas foram duramente criticados pela comunidade judaica, por proporem o que podemos chamar de “equivalência moral”, ou seja, palestinos e israelenses estão certos e errados, e ambos têm os seus motivos para fazerem o que fazem.

Mas, voltando ao livro em si, A Hora da Vingança conta como supostamente foi a ação de um grupo de extermínio, cujos elementos eram todos egressos da Mossad, cujo objetivo era eliminar 11 líderes terroristas (um para cada atleta israelense morto no episódio de Munique) espalhados pela Europa.

No desenrolar da estória, num mundo assombrado pela Guerra Fria e sua bipolaridade, a equipe passa a agir de maneira cada vez mais autônoma, sem deixar o foco da missão de lado, mas causando efeitos colaterais imprevisíveis.

Um dos pontos criticados no livro (e no filme Munique também) é a maneira como Avner, o líder do esquadrão de morte, é retratado. Muitos membros das forças de defesa israelenses discordam que ao realizar aquele tipo de missão, um agente israelense pudesse passar por crises existenciais e arrependimentos.

A quem se interessar, sugiro que leia (ao mesmo tempo ou depois, tanto faz) também Contra Ataque, de Aaron Klein. Esse livro foi escrito como um contraponto ao livro de Jonas. Klein é oficial israelense (provavelmente Mossad também) e foi um dos mais duros críticos ao Hora da Vingança. Vale a pena também dar uma sapeada complementar no documentário ganhador de um Oscar Um Dia em Setembro, para entender um pouco melhor o que aconteceu.

Tanto os dois livros, quanto os dois filmes são excelente para quem gosta de história e causos de guerra e espionagem, principalmente sobre o conflito árabe-israelense. Além de ajudarem a dissipar alguns conceitos equivocados.

O NSN nessa semana publicou um artigo de altíssimo interesse pessoal deste que vos escreve: Propaganda e Guerra Fria.

A dica foi da blogueira Daiane Santana, do Vivo Verde, que viu no The Inquisitr. E eu, bebi de todas as fontes anteriores.

De qualquer maneira, achei bem legal, já que a Propaganda Comunista, depois da queda do Muro de Berlin, ficou restrita às batidas camisetas do Che Guevara. E essa sequência encontrada pelo pessoal do Inquisitr, repassada pela Vivo Verde ao povo do NSN (ufa!) dá uma amostrinha do que está por vir do que eu chamo do descongelamento da Guerra Fria. Mas essa nova Guerra Fria, se rolar mesmo, será um pouco diferente da anterior. Há novos atores em cena, como Irã e Coréia do Norte. Além disso, será uma Guerra Fria (como eu disse antes, se rolar) com conflitos armados paralelos mais constantes, desta vez protagonizados quase que exclusivamente pelos palestinos e simpatizantes contra Israel e ocidente (leia-se EUA). Nada de muito novo…

Mas, voltando à Propaganda Norte-coreana, as peças chagam a ser até inocentes aos olhos ocidentais, acostumados a Hollywood e seus efeitos especiais e à internet livre, cujo maior obstáculo, na pior das hipóteses, pode ser o Speedy. Dá uma olhada:

north-korean-art-4[4]

Se fosse aqui, diria que é coisa de algum adolescente que acabou de assistir ao Diários de Motocicleta, ou que assistiu a alguma palestra na UNE. MAs levando-se em consideração o fato de que o povo lá vive completamente isolado de todas as referências artístico-culturais do Ocidente, dá até pra relevar.

São imagens até engraçadas, mas que lidas no contexto dos acontecimentos que envolvem o país e seu miniditador são bem sérias. Até então, só os países do Oriente Médio faziam ameaças desse nipe. Uma delas até se concretizou em 11/09/2001. Aliás, as imagens dizem exatamente que o país deseja fazer o mesmo que a Al Qaeda fez com os EUA naquele ano.

O site americano que lançou primeiro minimalizou o fato como se os norte-coreanos considerassem os americanos fracos. Por mais inocentes que sejam, duvido que tenha sido essa a intenção. Apenas uma das fotos aparenta mostrar isso. Outras duas (uma delas acima), mostram símbolos americanos sendo destruídos. Já a última mostra soldados americanos (com uniformes da 2ª Guerra Mundial?!) ameaçando jogar um bebê norte-coreano num poço, enquanto a mãe aflita suplica piedade. Reparem na cobertura estilo soviética do militar à esquerda da imagem. Realmente, intrigante. Essa é só para demonizar o país ocidental.

Para ver as outras imagens, clique aqui ou aqui. Deixo vocês com a mais desconcertante delas:

north-korean-art-1[3]