Posts com Tag ‘Blog do Crespo’

Filipe Crespo, dono e proprietário do Blog do Crespo, meu amigo e colega de profissão resolveu partir para outra carreira.

Agora ele resolveu ser o Amaury Jr. da Publicidade e entrevistou nada mais, nada menos que Ângelo Franzão, uma das maiores lendas vivas da Publicidade.

Brincadeiras à parte, uma entrevista bem legal que vale a pena ser conferida, principalmente nas dicas.

Por exemplo, Franzão destaca o quanto a categoria Titanium de Cannes é ainda pouco explorada pelos brasileiros (#ironiarulez); ou quando ele fala do mercado de Mídia lá fora e aqui no Brasil (coisa que meus alunos do 1o semestre tiveram em primeira mão com o Crespo); ou quando ele fala sobre o que um egresso do curso de Publicidade deve levar em conta na hora de procurar uma colocação no mercado.

Enfim, resumindo mesmo, leitura obrigatória. Passa lá!

P.S.: Viu, Filipe!? Não reproduzi!

Excelente!

(Via blogdocrespo.com.br)

O Blog do Crespo publicou ontem um post sobre os 10 virais mais assistidos.

Hoje, ao dar uma sapeada no meu Facebook, dei de cara no wall com um post da minha amiga da época de RedeTV!, Tatiana Gomes falando de um viral para Tipp-Ex, um ‘branquinho’ daqueles de fita, da Bic.

O filme do Youtube mostra um campista escovando seus dentes distraidamente, quando aparece um urso. A voz de alguém que o acompanha (e segura a câmera, ou nós mesmos) começa a gritar “Atire naquele urso! Atire!”, ao mesmo tempo em que o personagem grita que não pode.

Duas opções aparecem no vídeo: “atirar no urso” ou “não atirar no urso”. Ao clicar em qualquer uma delas, você é redirecionado a uma página personalizada da empresa no próprio Youtube, em que será exibida a continuação da saga do campista.

Rola uma intervenção com o Tipp-Ex e o personagem e ele o convida a escrever qualquer coisa no espaço em branco da intervenção, logo depois saindo do quadro.

As mais variadas situações podem acontecer a partir daí. Se você demorar, o campista volta e o esculhamba pela demora.

E qualquer palavra (qualquer mesmo) gera um novo filme, cujo roteiro se baseia na palavra digitada. Mas tem que ser em inglês.

Pode escrever qualquer coisa: sleep, dance, sing, fuck (a mais engraçada), fly, shit, pee, fart etc. O melhor é quando se escreve algo muito esdruxulo.

Vai lá e me diz o que achou:

VIRAL TIPP-EX NO YOUTUBE

É duro escrever um texto desses sem paixão. Mas, tentarei ser o mais imparcial, isento e fleumático possível.

Hoje, meu cunhado me apresentou ao República Popular Corinthiana, o site oficial da mais nova NAÇÃO desse planeta.

Para comemorar o centenário do Todo Poderoso, foi lançada uma campanha que, além de mostrar que somos mais de 30 milhões de “loucos por ti, Corinthians”, ajuda à maior torcida do mundo ter sua identidade.

No site (link acima), você, ilustre leitor deste blog, poderá emitir seu RG Corinthiano, sua Certidão de Nascimento Corinthiana, passaporte (!!), o Estatuto da Nação e até anistiar seus amigos com desvio de caráter.

Uma grande sacada do Glorioso Esporte Clube Corinthians e seu departamento de marketing, que juntamente com o nada lento departamento de marketing da Nike (que tem seu logo em TODOS os documentos, inclusive no brasão da República) criou uma das maiores ações de marketing esportivo da história (nada menos para o maior time do mundo).

O vídeo já dá uma amostra do que é a ação:

Eu já fiz meu RG e certidão de nascimento (da minha baixinha, inclusive):

E ainda fiz o favor de anistiar meu grande amigo e proprietário do Blog do Crespo, que pediu para não ter seu nome revelado:

Parabéns ao Timão pela ação, pelos 100 anos e por só me dar alegrias, mesmo quando perdemos.

Sou louco por ti, Corinthians!

Mais uma vez eu escrevo sobre algo que li lá no Blog do Crespo. Daqui a pouco ele vai começar a cobrar direitos, mas enquanto isso…

O texto em questão é do Francisco Gracioso, escrito como editorial da Revista da ESPM – edição de 15 anos. Nele, Gracioso fala sobre os ataques à classe publicitária. Nada que já não tenha sido discutido aqui no Kick, em sala de aula ou nas rodinhas de conversa entre profissionais de comunicação em geral.

O trecho que me chamou realmente a atenção foi sobre a desconfiança mútua que existe entre nós publicitários, veículos, clientes e população. Essa história da desconfiança me cutucou forte, pois é algo que vem me incomodando há tempos, que me faz soltar alguns comentários ácidos a colegas que inconsientemente atacam a classe publicitária. Mas, hoje, ao ler o texto do Francisco, reproduzido no blog do Filipe, percebi que nem aqueles que atacam a Publicidade sabem o porquê de estarem fazendo isso. Eu explico…

Houve uma época, infelizmente bem antes de eu ingressar na profissão, em que havia a tal confiança mútua, uma harmonia mesmo. Jornalistas, publicitários, empresas, veículos e cidadãos, todos falando a mesma língua e buscando os mesmos objetivos.

Mas aí, um bando de teóricos/ideólogos (t/i) começou a se infiltrar em todas essas categorias. Foi bonito, já que essa nova categoria de “seres pensantes” vestia a camisa do time que estava jogando e acrescentava um discurso pautado pela coerência e extremamente articulado. Vestiu com tanta dedicação a camisa que, por um motivo qualquer ou doloso que fosse, passou a enxergar sua classe como a que deveria dominar e reinar sobre todas as outras espécies. Cada classe tinha, agora, sua voz ecoando pelos ares, proclamando sua superioridade e, ao mesmo tempo, a inferioridade funcional das demais. Falavam e gritavam como sabiás demarcando sonoramente o seu território.

Mas um teórico/ideólogo tem um defeito que não transparece à primeira análise: o sujeito acha que sempre tem razão e que o mundo inteiro está errado por pensar diferente das suas premissas. E assim fez-se a merda. Cada um, em seu galho, não satisfeito em ‘piar’ alto sobre si e sua categoria, passou a ‘piar’ sobre o vizinho, explorando suas supostas falhas e transformando-as em defeitos com peso de crime. Tal comportamento contaminou aos outros, que passaram a repetir a melodia sem mesmo saber o porquê ou o quê estavam cantando.

Hoje, o que vemos é um cenário em que as categorias estão em decadência, brigando entre si, quando não estão querendo foder umas às outras, e de quebra um monte de baba-ovo botando pilha na briga, sem perceber que quem sairão perdendo são eles mesmos.

Já faz um tempinho que postei algo sobre tentarem achincalhar a Publicidade já no berço. Sim. Um monte de professores “bem intencionados” que pedem aos alunos um trabalho, de cunho unicamente didático-pedagógico, em que têm que questionar a outros professores (alguns publicitários) sobre o “malévolo poder da manipulação da Propaganda e da Publicidade”. O James também já falou um monte sobre isso.

Com certeza, tudo isso começou com um desses t/i que, chateadinho por algum publicitário t/i falou algo mais bacana que ele. Aí, resolveu começar a sua cruzada pelas bases. O que vemos hoje é um monte de gente saindo das faculdades achando que a Publicidade é o grande mal da humanidade. Complementando o meu post antigo, um dos meus alunos me contou que, enquanto assistia a uma aula com sua noiva no curso de Pedagogia, uma professora de Geografia fazia uma puta apologia contra os Publicitários em específico. Dizia que eles faziam com que as pessoas comprassem tudo aquilo que não queriam, que eles eram a causa de todos quererem vestir roupas bacanas de marca, gostarem de música estrangeira, fumarem cigarro (acho que ela tá um pouco desinformada…) etc. Ele assistiu à aula quieto, sem dar um pio. Depois, veio me contar, com uma ponta de frustração, que perdeu a oportunidade de falar um monte a ela.

Tempos depois, pensando com menos sangue nos olhos, me lembrei que a tal professora veio panfletando ações do sindicato dos professores, com uma conversinha sem vergonha para cima de mim, dizendo que nós Publicitários poderíamos contribuir muito com a nossa prática persuasiva. Eu, da raiva, passei à pena da moça. Ela mesma desconhecia a falha do seu discurso.

Mas, o que leva Jornalistas, Sociólogos, Pedagogos e demais classes a usarem sua influência para queimarem a Publicidade? O que fez com que tivessem tanta raiva, tanto rancor? Por que insistem no discurso “a Propaganda manipula”, mesmo quando têm acesso às provas do contrário?

Eu tenho uma teoria. Mas vou fundamentá-la daqui a alguns anos somente. Por que? Porque tenho certeza que poderei contar com a ajuda dos Jornalistas, que hoje sofrem com ataques do STF e do Governo, e de outras categorias que também sofrerão. Com certeza.

Depois de um tempo exercitando meu lado zen, promovendo um exílio digital espontâneo, voltei a dar uma passeada pelos blogs amigos.

O post que encabeçava o Blog do Crespo hoje pela manhã é o retrato da piada automotiva mais antológica de todos os tempos:

Fuca de Mulher

Pois é. Como foi levantado pelo Filipe (o dono e proprietário do Blog do Crespo), hoje esse anúncio nem sairia da HD do pessoal da Criação, a não ser que fosse enviado pro Desenblog. E se fosse para outro destino, como alguma revista de circulação nacional, o CONAR estaria cheio de reclamações de feministas furiosas (redundância, eu sei…).

Mas, por que isso rola hoje e não naquela época?

Quem gosta de ler Luís Fernando Veríssimo, com certeza já leu o fantástico Analista de Bagé (em breve resenhado aqui no Kick). O psicanalista reichiano dos pampas se dizia uma pessoa moderna, ciente dos direitos das mulheres. Para ele, a mulher tinha o direito de fazer o que quisesse, mas só depois de estender as roupas.

Piadas como essa eram muito comuns na época em que foi escrita. E o engraçado é que tal época foi o auge da luta feminina pelos seus direitos e uma época em que as campanhas publicitárias começaram a adotar um tom menos machista e mais libertário.

Só para embasar a minha teoria, resolvi dar uma passeada pelo acervo eletrônico de anuários do Clube de Criação de São Paulo. Infelizmente, o primeiro é do ano de 1976, bem depois do anúncio acima, assim não sendo possível fazer uma comparação mais profunda. Mas, não tem tu, vai tu mesmo… Peguei só quatro exemplos de anúncios para revista do ano para analisarmos. Os títulos que dei nada têm a ver com os anúncios. Não custa nada avisar…

Anúncio 1: “Macho no volante”

CorrerChevrolet

Pra quem não conhece o tiozinho acima, apresento Chico Landi, uma das maiores lendas do automobilismo brasileiro. A criação do anúncio é de ninguém menos que Washington Olivetto, quando ainda trampava para a DPZ. O ano de 1976 fervilhava de rebeldia sexista, mas ainda assim a iconização do “piloto”, ou de alguém que dirigia bem, era masculina, neste caso o saudoso Chico. Carro ainda era coisa de menino, apesar dos movimentos feministas. Assim, a campanha tinha um público alvo bem segmentado. Naquela época, jamais imaginaríamos uma campanha como a do Meriva Easytronic, de 2007, que foi escancaradamente feita para meninas:

Anúncio 2: “Incomodada é a pqp”

OB

A liberdade feminina começa a dar as caras nas campanhas publicitárias. Com OB… Sim! “Os carros ainda não não para você, mocinha. Nem os cigarros, nem as novidades eletrônicas, nem um estilo de vida moderno e arrojado. Mas você pode usar aquele biquininho cavado que te deixa uma delícia durante os 30 dias do mês. Depois disso, dê uma olhada nas promoções de eletrodomésticos e peça ao seu marido para comprá-los.”

Bom, pelo menos é melhor que aquela bosta daquele comercial do Sym Abas Transparentes (é minha opinião, tá!?). Nunca me conformei com apergunta óbviamente ridícula sobre o líquido azul. O que vocês queriam? Vermelho menstruação?

Anúncio 3: “Até que as jóias os separe”

Joia_HStern

Realmente, naquela época, as mulheres eram seres monstruosos, que só ficavam com seus maridos se fossem constantemente alimentadas com ouro e pedras preciosas.  Brincadeiras à parte, o casamento já começava a ser uma instituição questionável na década de 1970, enquanto outro fenômeno passava a ter um crescimento estatístico vertiginoso: o divórcio. A aliança, que há séculos vinha sendo o símbolo de uma união eterna, que somente a morte poderia separar (como dizia Henrique VIII), foi banalizada como uma simples jóia. No frigir dos ovos, de acordo com o raciocínio da peça, somente uma jóia pode segurar uma mulher. O casamento precisa ser duradouro e, para isso, é preciso manter a mulher te amando. Assim, como a aliança é uma jóia e como as mulheres são seres insensíveis a outras coisas que não jóias, é bom você continuar comprando jóias para ela. Ou então passarás a eternidade gastando uma nota com pensões…

Anúncio 4: “A redenção”

Bombril

Alguém pode me apontar o público-alvo da peça acima? Claro! O que passa pela nossa cabeça é que o anúncio fala com a dona de casa. Atire a primeira pedra quem não pensou isso (e se estiver mentindo tenha vergonha na cara!).

É notório que a Bom Bril sempre falou com esse público. Mas, leiam a peça com atenção. Onde está escrito que é pra dona de casa, ou pra sua esposa, ou pra sua mãe?

Nessa época já tínhamos uma série de homens solteiros ou recém-divorciados que moravam sozinhos e, por razões diversas, cuidavam eles mesmos dos próprios lares. Sem vergonha nenhuma ou constrangimento em fazer a própria comida, lavar a própria roupa e passá-las etc.

Assim, o preconceito desta peça específica, com redação de Ana Clélia Quarto (isso, uma mulher!), da McCann-Erickson, está na cabeça do leitor.

Fica aqui mais uma lição do titio Lelo: a mensagem da peça é composta pela mensagem propriamente dita e pelo repertório e percepção do receptor. Uma coisinha básica que aprendemos na faculdade, mas que tem muito publicitário ruim por aí que não faz questão de lembrar.

Anteontem, no Jornal da Globo, (re)começou a velha guerra Globo X Record.

A matéria iniciou com aquele tom que só o jornalismo da Globo consegue dar aos seus textos: denúncia isenta e imparcial. Aos poucos, à medida em que os nomes “Edir Macedo” e “Igreja Universal do Reino de Deus” começam a ser pronunciados com mais frequência, o tom foi ficando mais, digamos, pessoal. Até determinado momento, o mote era pontuado pelos dois personagens anteriormente citados. De repente, no meio de um organograma (mais especificamente, no final, fechando simbologicamente um ciclo), REDE RECORD.

Nesse momento, quem ainda não tinha sacado que era um ataque à concorrente, se não sacou é porque é gringo ou tava fazendo coisa melhor do que assistir Globo naquele momento. O engraçado é que a emissora não falou nada do que não sabíamos, mas mesmo assim causou impacto. Mesmo quando mostrou cenas das reportagens requentadas sobre o bispo.

No dia seguinte, o Bom Dia Brasil e o Jornal Hoje repetiram, mas após a reportagem emendaram logo uma outra sobre o Criança Esperança…O Filipe, do Blog do Crespo matou a charada na hora. Não assisti, mas tenho certeza que no Jornal Nacional foi igualzinho, já que o Jornal da Globo de ontem deu mais uma martelada no cravo.

A resposta da Record não tardou. Um colega nosso, que trampa lá na emissora do bispo, já tinha lançado que seria às 19h50. Como estou em aula nesse horário, tive que puxar no Youtube (cujo link foi gentilmente tuitado pela gloriosa Paty).

Aliás, a resposta da Record…

Na minha modesta opinião, ficou no nível daquelas briguinhas de colegial: “Que time é o teu?” “O mesmo que te comeu!” Duh!

Enquanto a Globo descascava as falcatruas denunciadas pela Promotoria do Estado de São Paulo, com sustentação da Folha e outros veículos (inclusive de outros países), a Record ficou entoando mantras sobre a relação da Globo com o antigo Governo Militar, seu poder de distorção dos acontecimentos, sobre ela ser a grande manipuladora midiática, além de tentativas de manipular eleições. Assisti à resposta umas três vezes e não consegui identificar um argumento contundente, algo que fizesse a Rede Globo ir aos tribunais exigindo reparação.

Triste. Verdade! Eu gostaria muito mesmo de ver a Globo tomando uma surra moral, igual à que deu na Record. Eu sou louco para ver a Globo tendo possíveis segredos sujos sendo colocados na mesa. Comprovados, claro.

O que a Globo fez foi pegar uma denúncia comprovada e dar a ela tintas midiáticas, comprovando as fontes e embasando cada palavra. A Record simplesmente lançou um monte de historinhas do cancioneiro comunicacional, com um belo tratamento, diga-se de passagem, mas sem fundamento nenhum. Finalizou a “reportagem-denúncia” concluindo que o possível motivo do ataque promovido pela concorrente foi o fato de a Record ser sua principal concorrente, que vem apresentando números crescentes de audiência, com uma também crescente qualidade em suas produções (Huahuahuahuahua! Alguém já assistiu Os Mutantes?). O pior mesmo, foi quando disseram que a Globo fica cada vez mais irritada quando a Record “conquista cada vez mais audiência e FATURAMENTO“… Realmente, é muita inocência dar esse argumento ao inimigo* na própria resposta.

E, garanto, a briga vai continuar. Numa intensidade um pouco menor, mas vai. E sabe quem vai ganhar?

A internet.

* Inimigo é a palavra usada pelos evangélicos e carismáticos para nomear o Diabo.

O Filipe publicou hoje no seu blog uma campanhada Via Uno muito bacana.

viauno

Esse é o tipo de campanha que me faz ter orgulho de ser publicitário. Há outras do tipo que inclusive foram premiadas. Abaixo, algumas de minhas favoritas.

CatchupParmalat

2059

1933_1998

3019

Fonte: Clube de Criação de São Paulo – www.ccsp.com.br/anuarios