Arquivo de junho, 2009

Com exceção da última semana, em que o assunto da vez tem sido a morte do Michael Jackson, o que mais se tem ouvido nas rodinhas de conversa é o assunto crise.

Desde o Presidente Lula (a “marolinha que não atravessará o Atlântico, lembra?) até o seu tio conversando com o seu pai, ninguém escapa de falar e ouvir pelo menos um pouquinho sobre a crise.

A publicidade também tem dado seus pitacos, através dos seus representantes, campanhas etc.

Mas até agora, a melhor mensagem que vi da nossa classe veio da boa e velha Coca Cola. Essa empresa centenária já passou por poucas e boas durante toda a sua vida. E, por incrível que pareça, não tem dado sinais (pelo menos aparentes) de que está se rendendo à crise atual.

Num misto de recado ao mundo e testemunho velado, a Coca Cola põe no ar (juro que tentei achar a Agência ou a Produtora e não achei… tsc) um vídeo que nos ensina que crise é algo que uma hora passa.

E a gente sobrevive, pode apostar.

Afghan iPhone Mullah

A Apple comemora os dois anos de vida do iPhone lançando a terceira versão do aparelho.

Lançado na última sexta-feira, dia 19 de junho, o iPhone 3GS já vendeu mais de um milhão de unidades (US$ 199,00 + plano bianual com a AT&T).

O mais legal do i Phone, não é só a facilidade no seu manuseio, a intuitividade do sistema, o visual bacana, o estilo, o fato de ter o iPod agregado, os softwares etc. Há um ano, mais ou menos, a Apple lançou a App Store, a ‘lojinha’ virtual de aplicativos para o iPhone, cheia de aplicativos (duh!), pagos ou gratuitos, para deixá-lo mais turbinado e legal.

Numa zapeada no rádio, enquanto ia para a faculdade, peguei um pedaço de uma reportagem na Band News FM em que falavam que a concorrência (no segmento celular, claro) tentou, mas não conseguiu fazer algo igual ao iPhone. Só parecido e olhe lá. Aqui em Sampa a gente vê circulando por aí o hiPhone (figura abaixo), uma versão xing ling do aparelho da Apple. Até a caixa é igual!

hiPhone

Aliás, a Band News disponibilizou na mesma App Store um aplicativo para ouvir as rádios da rede no iPhone.

O aparelho é tão legal (eu tenho um, tá!) que até o Taliban se rendeu ao gadget (foto no início do post). O mullah Abdul Sallam Zaeef, ex-embaixador do Taliban, apareceu em fotos de uma entrevista recente usando o aparelhinho.

Um pequeno pecadilho vindo do ‘grande satã ocidental’

Ontem, o meu mentor na Redação Publicitária, Hugo Rodrigues, ganhou um Leão em Cannes na categoria Press.

Comecei a trabalhar com o Hugo em 1995, no meu primeiro trampo na área. Puta doidão, eu vivia colado nele pra aprender tudo o que eu pudesse sobre o caminho que queria seguir na Publicidade: a Redação Publicitária.

Com o tempo, ele me deixava fazer alguns textos, até que ele saiu pra batucar os teclados nas agências grandes, seguindo os passos de um outro Redator que o inspirou, o Fabião.

Nos desencontramos durante esses anos, nos encontrando algumas vezes. E sempre que nos encontrávamos, ou nos falávamos por telefone, ele sempre me ensinava alguma coisa. O maior ensinamento dele, ao contrário do que todos podem pensar, não foi como escrever um corpo de texto eficiente, mas sim uma frase que ele me falou num momento de dificuldade pelo qual eu passava: “Lelo, tu tem que morder a mesa!”

A explicação para essa frase aparentemente sem sentido era que se queremos ter sucesso devemos buscar sempre um algo a mais, não nos contentarmos com o medíocre e trabalhar muito para concretizar o que desejamos.

E, sabem, eu não segui simplesmente porque a frase fazia sentido. Segui pois vi que o cara estava fazendo exatamente o que ele me recomendou.

Prova disso é que, no ano passado, ele assumiu a vicepresidência de Criação da Publicis e, neste ano, ele levou um Leão pela campanha “Escondido” (Oral-B).

Parabéns, mestre, pela conquista!

Continue mordendo sempre a mesa e pegando as mais gatas da balada.

Abaixo, uma palhinha da figuraça que é o Hugo.

Desde pequeno ouvia o meu querido e recém-falecido avô falar coisas sobre a sabedoria cabocla. Muito do pouco que tenho de bom devo a ele.

Uma das coisas que mais me marcou das que ele falava é aquela frase que muitos de vocês já devem ter ouvido (inclusive de mim): “A oportunidade é um cavalo selado”. Resumindo, a oportunidade está pronta para ser agarrada e montada. Se você conseguir montar, um belo e proveitoso passeio lhe aguarda.

Um excelente exemplo disso, foi uma campanha do Burger King veiculada nos jornais ano passado, que analisarei a seguir.

O acontecimento

Um terremoto de 5,2 graus na escala Richter aconteceu ontem às 21h e 48 segundos na costa do Estado de São Paulo e, depois de se propagar em ondas de choque durante dois minutos, atingiu todos os bairros da capital paulista, boa parte do Estado, além do Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Folha Online – 23/04/2008).

A oportunidade

Burger King Tremor - Metro_24042008

Ou seja, aconteceu no dia 22 à noite, alardearam no dia 23 e no dia 24, de manhãzinha, todo mundo estava recebendo o seu Metro ou Destak no farol com a campanha desenvolvida pela MPM.

O post é está ‘pouquinho’ atrasado, mas a lição da oportunidade nunca deixa de ser quentinha. Afinal, elas acontecem a todo momento. É só montar e sair cavalgando.

Ao mestre com carinho

Publicado: 20/06/2009 em EDUCACIONAL
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Aluno: – Professor, pode fazer a prova a lápis?
Professor educado: – Só se você acredita que eu não vou apagar…

Aluno: – Professor, é pra fazer a prova nessa folha?
Professor educado: – Não, a folha é pra fazer um origami!

Mais informações com o Cebola.

Te cuida, Google

Publicado: 20/06/2009 em NOTÍCIAS POPULARES
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Google não pode satisfazer toda busca

Só para competir com as velhas piadas do tipo “Em publicidade, só ctrl+s salva”.

Quando eu digo que a tecnologia muda a cada 30 dias e que a tendência é diminuir esse prazo, dão risada (análise macroambiental, lembram?).

Quando eu digo que o gap entre nós tupiniquins e o restante do mundo é estratosférico, me apedrejam.

Quando eu fico fuçando o mundo em busca de novidades tecnológicas legais, me chamam de nerd.

Então, tá. Olha isso:

XBox 360, o seu próximo objeto de desejo.

Não acredita? É lenda urbana? Então, leia isso:

Projeto Natal – Portal Exame

Tanks, Psycho!

Ontem, voltando para casa, ouvi o Boris Casoy na Band News FM dizendo que apoiava a decisão do STF em relação ao diploma de Jornalista. Para quem não sabe, apenas um ministro do Tribunal votou contra a matéria que dispensa o diploma universitário em Jornalismo para o exercício da profissão.

Antes disso, eu havia feito algumas piadinhas com meus colegas Jornalistas (com ‘J’ maiúsculo, sim, pois esses são diplomados). Mas foi apenas pra fazer fusquinha com uma coisa que me revolta na minha profissão. Já há um bom tempo venho reclamando da qualidade de algumas campanhas que, com certeza, não foram feitas por um Publicitário de fato, formado por uma escola de Comunicação, com habilitação em Publicidade e Propaganda. Não há uma exigência de diploma na área para exercer a profissão, assim, qualquer um pode bater à porta de uma agência e pedir para trabalhar na Criação. E corre o risco de conseguir. Mas, o que salva é que só os competentes se estabelecem e, geralmente, vêm de uma escola de Publicidade.

Agora, voltando ao caso dos Jornalistas, apesar das piadinhas, eu fiquei puto com a decisão do STF. As pessoas acham que ser jornalista é uma coisa fácil. Quem pensa assim, não sabe o quanto esses meninos e meninas estudam na faculdade: técnicas, gramática, ética, estilos etc. O ensino superior atualmente está em crise aqui no Brasil? Sim, está. Mas nem por isso, um egresso de uma faculdade de segunda linha de Jornalismo pode ser comparado a um Zé Ninguém sem formação para a função de Jornalista. Escrever um texto jornalístico não é tarefa para qualquer um. É preciso ter técnica, isenção e compromisso com a notícia que se está dando. E tudo isso se consegue e se aprende na faculdade.

Como seria ser atendido por um médico que não fosse egresso de uma escola de Medicina, mas que tem ‘jeito’ pra coisa e resolveu clinicar? E ter o seu caso julgado por um magistrado sem formação em direito, só porque o sujeito tem bom senso e estudou a biografia do Salomão (o Rei)?

Na verdade, não preciso ir muito longe. Pesquisem quantos dos nossos nobres legisladores (municipais, estaduais e federais) têm algum tipo de formação superior. Quer ficar mais assustado? Pesquise quantos deles têm o 2º grau completo sequer. Já era de se esperar que, num país em que um analfabeto pode se eleger Vereador, uma profissão tão nobre quanto a dos Jornalistas um dia tomaria um tiro desses.

Pois é, ‘seu’ Casoy. Até concordo que a formação acadêmica, em geral, não anda lá essas coisas. Realmente, deveria-se votar algo que a melhorasse. Mas usar isso como um de seus argumentos para trair sua própria classe e aceitar essa barbaridade é uma vergonha!

Certas coisas só dão certo quando feitas por pessoas que entendem. Mas, como no velho ditado, de médico e louco, todo mundo tem um pouco.

E a desgraça é que todo mundo acha que pode ser design, publicitário etc. E quando isso acontece, somos brindados com os mais bizarros resultados. Como o exemplo que tive que fotografar hoje no trânsito:

IMG_0482 gde

Fiquei alguns segundos tentando entender o que o adesivo queria dizer. Após um tempinho de farol vermelho, descobri que estava escrito “Eu amo Manaus”. MANAUS? Juro que numa primeira passada de olho (o adesivo é bem chamativo), juro que li “Eu amo anaus”, com um coraçãozinho bonitinho e ‘bundiforme’ reforçando a mensagem.

Tá legal! Eu, como todo publicitário, tenho a mente extremamente poluída e cheia de vontade de interpretar tudo subliminarmente. Além disso, não sou analfabeto para não saber que o que se refere a ânus termina com a letra ‘L’. Mas convenhamos, muito ruim o efeito conseguido!

Aí, um publicitário que não vale nada, como eu, lê essas coisas e fica pensando besteira. Como naquela piada da barbearia de Lisboa, cuja placa apregoava “Corto cabelo e pinto”.

Geralmente, eu mesmo cuido, dentro do meu círculo de relacionamentos, de manter em alta a imagem megalomaníaca-egocêntrica dos publicitários (sem nunca perder a humildade e a modéstia, claro). Às vezes, mesmo aqueles que não são da nobre arte, se contaminam com meu discurso e resolvem me ajudar, como foi o caso da minha querida amiga, a Profa. Ana Vasconcelos, jornalista de mão cheia e vegetariana não-ortodoxa praticante.

Ela me mandou uma campanha que não ouso chamar de animal, pois o termo mais adequado para a série é VEGETAL! Esse meu post é um pouco atrasado, pois a campanha para o cliente Hortifruti é de 2007, fruto (aaaaaai!) da criatividade da capixaba MP Publicidade. Eu, se fosse vocês, não ficaria aí plantado (uuuuuui!) e daria uma passadinha no site da agência e conferiria as demais peças e campanhas para o Hortifruti e para os outros clientes. É mais uma prova que existe vida (muito) inteligente na publicidade fora do circuíto São Paulo-Rio de Janeiro.

A propósito, a sequência de outdoors não foi veiculada em Sampa por razões óbvias, mas com certeza deve ter feito milhares de crianças e adolecentes resistentes a uma pratada de rúcula se tornarem fanáticos pela iguaria e demais hortaliças.

Enfim, sem mais delongas, algumas das peças da, como diria Osmar Santos, campanha vegetaaaal!

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