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O tempo passa e o norteamericano continua com suas obtusidades. Bom, atire a primeira pedra aquele povo que não tem das suas.

Nesta semana o que bombou de notas, comentários, tuitadas e notícias a respeito da “campanha” da WWF feita pela DM9! E tudo porque, uma das campanhas mais bacanas de Propaganda Social que vi cutucou forte alguém.

Tá legal, o 11/09 não é das melhores lembranças para os EUA, mas isso não quer dizer não se possa fazer qualquer referência que não seja lamuriosa. O caso é que a DDB Brasil fez uma campanha para apresentar no One Show e foi premiada. Pronto. Foi o suficiente para cada verdadeiro patriota americano de indignar e desejar que o CEO da agência morra de fome nas ruas.

Como eu disse acima, falar do 11/09 e não ser um norteamericano requer tato e cuidado. Assim que alguém que não seja um cidadão dos EUA fala algo sobre os radares da moralidade se acionam e escrutinam cada entrelinha.

Se assistirmos ao vídeo, nada demais. Mesmo!

Começa com uma reconstituição dos dois aviões que atingiram as Torres Gêmeas. Dados sobre as mortes do incidente aparecem na tela e depois… O problema, creio eu, foi na tal comparação com o Tsunami, que matou muito mais gente. Além disso, a cena final chocou até a mim. Mas, na cebecinha do apresentador do link anterior, algum fundamentalista pode se inspirar nisso…

Bom, sem mais delongas, senão vou partir para uma análise e eu não tou a fim de cansar ninguém, assistam ao vídeo, se é que já não viram num dos dezenas de sites que o reproduziram, e tirem vocês mesmos a conclusão.

É engraçado como falamos dos mortos. Veja por exemplo o caso do Michael Jackson.

O cara morreu afundado em um poço de notícias e fofocas maldosas sobre pedofilia, esquisitices, dívidas, vícios etc. Depois que morreu, todo mundo falou o quanto ele foi importante, bacana e sensível durante o seu showneral.

Andrew Gombert/Efe

Andrew Gombert/Efe

Pois é. Geralmente é assim: enquanto vivo, um fdp; morreu, com certeza vai pro céu.

Mas, ontem, ao dar a minha passada diária no Advertising Age, me deparei com um texto do Al Ries a respeito de Bill Bernbach. Para quem não conhece, ou não lembra, Bernbach, o ‘B’ da DDB, foi o idealizador do conceito de Dupla de Criação nas Agências de Publicidade, entre outras coisas. Enfim, até então, o que se ouvia e se lia sobre o Sr. B era sobre sua genialidade e suas contribuições para a Publicidade moderna. Até então.

Ries escreveu, mais especificamente, sobre o recém lançado Nobody’s Perfect (Ninguém é Perfeito), da jornalista Doris Willens. Nele, Doris, que trabalhou por 18 anos na DDB, tenta desmistificar (até satanizar) Bernbach. Num dos trechos, cabeludérrimo, ela conta que Bill tirou a idéia para uma de suas mais brilhantes campanhas (Avis) do cesto de lixo de Helmut Krone, um dos redatores da DDB na época, que havia escrito e desistido dela:

“From Helmut Krone’s wastepaper basket, Bernbach fished wads of crumpled papers and beamed upon spreading open a sheet with the words, “We’re only No. 2. So we try harder.”

Agora, por que soltar essa e mais um monte de outras barbaridades vinte e tantos anos depois da morte de Bernbach? Isso tá me cheirando a ressentimento de mulher desprezada…